Capítulo 17
Ana finalmente se animou um pouco, e contou tudo o que mais gostava de comer.
Pedro estava ali ao lado, apenas ouvindo.
Assim que Ana terminou, Sofia elogiou a roupa que ela estava usando.
Ana, a roupa que você está usando está tão bonita, ficou perfeita em você.
Sério?
Sofia sorriu e disse:
– Claro que é verdade! Ana, como foi o seu dia na escola? Você se deu bem com as outras crianças?
Elas conversaram com muita alegria, enquanto Pedro, quieto, quase não falava. Ele só estava saboreando a comida lentamente, com a faca e o garfo nas mãos,
O garçom, que não sabia de nada, olhou para eles e pensou que eram uma família. Lançou um olhar admirado para Sofia.
Nesse momento, Ana viu que Isabela estava tentando fazer uma videochamada com ela.
Era um telefonema que ela mesma havia pedido para Isabela fazer pela manhã.
Mas agora, estava tão animada conversando com Sofia que não queria interromper a conversa.
Hoje de manhã, quando viu Isabela abraçando outras crianças, ela não ficou feliz.
No entanto, durante a aula, a professora falou que papai e mamãe eram sempre os que mais amavam seus filhos. Que, nos corações das mães, os filhos eram únicos e jamais poderiam ser superados por outras crianças.
Isso a deixou mais tranquila.
Isabela percebeu que Ana demorava a atender e, preocupada, ligou para a professora.
A professora, que estava na sala de descanso das crianças, ouviu a razão da ligação de Isabela e, sorrindo, disse:
A Ana está bem, ela está fazendo uma videochamada com o pai dela, e parece que há também uma senhora com eles. Vou lá falar com ela e avisá–la…
Não precisa se incomodar.
Isabela, ao ouvir isso, entendeu que Ana estava conversando com Sofia e Pedro.
Ou seja, Pedro provavelmente estava almoçando com Sofia.
Ela respondeu suavemente:
Tudo bem, deixe eles conversarem. Não vamos interromper.
Desligou a ligação e mandou uma mensagem para Ana, perguntando como tinha sido o dia na escola, se fez novos amigos, o que tinha almoçado, e ainda a lembrou de que, quando fosse hora, deveria ouvir a professora e descansar direitinho.
Mais de dez minutos depois, Isabela recebeu uma mensagem de áudio de Ana.
Tá bom, mãe, eu vou dormir direitinho.
Já era final de tarde quando, após um dia todo de interação com Laura, Isabela percebeu que a colega era
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Capitulo 17
extrovertida, sociável e tinha uma grande capacidade de trabalho.
Por volta das seis e pouco da noite, quando Isabela já estava prestes a sair para voltar para casa, Laura se aproximou, oferecendo um convite para um jantar como forma de agradecimento pela ajuda de hoje.
– Isso é parte do meu trabalho, secretária Laura. Não precisa se preocupar tanto.
Laura ainda tentava insistir, quando, de repente, o celular de Isabela tocou.”
Era uma ligação de Júlia.
Isabela olhou para a tela e, por um instante, pensou que estava vendo errado. Júlia nunca a procurava, sempre fria e distante, e, nos últimos anos, tinham se falado muito pouco.
Confusa, Isabela atendeu.
– O Sérgio anda brincando de corrida clandestina com uns amigos, e eu não estou confortável com isso. Vou te mandar o endereço, vai lá e traga ele de volta para mim.
Júlia não fez rodeios, deu a ordem e, sem mais palavras, desligou.
Poucos segundos depois, Isabela recebeu a mensagem com o endereço.
Ela olhou e viu que o local indicado era um autódromo nos arredores da cidade.
Desculpe, Laura, tenho um imprevisto para resolver, preciso ir embora agora.
Isabela se despediu rapidamente, e mais de uma hora depois, ela chegou ao destino.
O autódromo era imenso, com várias luzes e uma multidão de pessoas, mesmo já sendo tarde. O barulho era ensurdecedor, e Sérgio não atendia às suas ligações. Isabela teve que procurar por ele.
Demorou quase vinte minutos até que o encontrasse.
Quando Sérgio a viu, ficou surpreso.
– Isabela? O que você está fazendo aqui?
Isabela explicou o motivo da visita.
