Capítulo 25
Bar.
Henrique estava distraído com o celular na mão.
Alguém havia postado um vídeo.
Pamela mergulhando na piscina, Vicente sendo o herói salvador, e Isabela, mais uma vez, deixada de lado.
No grupo, começou uma série de piadas sem graça.
Após assistir, Henrique levantou o olhar e encarou o homem sentado no sofá ao lado.
Diego estava relaxado, recostado no sofá, com uma mão no encosto, segurando um cigarro quase no fim entre seus dedos longos, o olhar perdido no caos animado do palco à sua frente.
Henrique pensou por um momento, sorriu e disse:
“Príncipe Herdeiro, quer ver um vídeo?”
Diego olhou–o de soslaio, respondendo preguiçosamente: “Não me interessa suas fofocas.”
“É fofoca, sim, mas sobre alguém com quem você teve um caso.”
“Isabela?”
Diego franziu o cenho, apagou o cigarro no cinzeiro de cristal cinza–escuro, e pegou o celular de Henrique para assistir ao vídeo.
Ao terminar, Diego tinha uma expressão sombria e jogou o celular de volta na mesa com desdém.
Levantou–se, pegou o casaco ao lado do sofá, e saiu em passos largos.
Henrique não acreditava que Diego iria embora só depois de ver o vídeo.
Ele gritou: “Príncipe Herdeiro, já vai embora??? O segundo tempo nem começou.”
Mesmo que Isabela fosse muito bonita.
Ela era, afinal, a noiva de Vicente!
Será que Diego, sempre tão altivo e reservado, realmente queria se tornar o outro na história de alguém?
Após conversar com Samuel e os outros, Isabela pediu que o motorista a levasse de volta para o Bairro Sol Nascente.
Quando chegou à entrada do condomínio, desceu do carro.
A brisa suave do verão ajudou a dissipar um pouco da embriaguez em seu rosto.
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Ela estava prestes a entrar no condomínio.
De repente, um par de faróis brilhantes surgiu à distância, iluminando sua figura delgada na escuridão.
A luz era tão forte que Isabela levantou o braço para proteger os olhos, espiando por entre os dedos.
Aquele Ferrari preto, edição limitada, parecia familiar.
E sua presença naquele bairro era bastante chamativa.
Antes que pudesse reagir.
O Ferrari emitiu um “bip” arrogante que rasgou o silêncio da noite.
Isabela piscou, reconhecendo que era o carro de Diego.
O que ele estaria fazendo ali?
Será que veio procurá–la?
Ela olhou ao redor, mas não havia ninguém por perto.
Depois de pensar um pouco, Isabela deu passos hesitantes em direção ao carro.
Ao mesmo tempo, Diego abriu a porta e desceu.
Ele se apoiou preguiçosamente na porta do carro, mãos nos bolsos, olhando intensamente para a mulher elegante que se aproximava.
Isabela se aproximou dele.
O homem vestia uma camisa cinza simples, mas cara, a gravata solta e alguns botões da gola desabotoados, revelando a linha sensual da clavícula.
As mangas estavam casualmente arregaçadas, e as veias de seus braços eram visíveis sob a pele.
Sob a luz do poste, as sombras acentuavam ainda mais seus traços profundos e marcantes.
“Diego, o que você está fazendo aqui?”
Diego a encarou fixamente, admirando seus traços delicados, o nariz, os lábios rubros.
Após um momento, ele tirou algo do bolso.
Um bracelete de cristal deslizou em sua mão.
Cristais.verdes, límpidos e brilhantes, refletindo uma luz suave.
Era um presente da avó dela ao entrar para a Família Santos, especialmente abençoado para sua proteção.
Com tudo o que aconteceu nos últimos dias, Isabela nem percebeu que estava sem ele.
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Capitulo 25
“Seu bracelete caiu no meu carro.”
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