Capítulo 26
“Obrigada por me trazer isso tão tarde.”
Isabela estendeu a mão para pegar de volta.
Diego aproveitou o momento e levantou o braço, mantendo–o fora do alcance.
Ele tinha quase 1,90m de altura, enquanto ela media apenas 1,65m.
Isabela se pôs na ponta dos pés, esticando o braço, mas ainda assim não conseguiu alcançar.
Seu rosto delicado e suave se contraiu em uma expressão levemente irritada.
Os acontecimentos daquela noite não a deixaram indiferente.
Pelo contrário, ela guardava tudo bem no fundo do coração.
Ser provocada por Diego dessa maneira fez com que sua irritação emergisse.
“Sr. Lopes, será que você gostou tanto da minha pulseira que não quer devolvê–la?”
Diego sorriu de canto, levantando suavemente o queixo dela com a mão que segurava a pulseira de cristal, observando suas expressões delicadas.
Os olhos dela eram escuros e brilhantes, com um toque de aborrecimento.
Hum.
Sem ferimentos.
E sem lágrimas.
Isabela, com o queixo erguido, encontrou o olhar profundo e intenso de Diego.
A respiração dele passava por seu rosto, com um aroma fresco de pinho misturado com um leve cheiro de tabaco.
Por um momento, ela ficou perdida.
Diego falou com uma pitada de diversão na voz.
‘Isabela, eu vim de longe para devolver sua pulseira. Não vai me agradecer?”
‘Você poderia ter me contatado… para eu… buscar.”
Isabela parou no meio da frase, percebendo que não tinham os contatos um do outro.
Ela perguntou baixinho: “Posso te convidar para jantar? Como forma de agradecimento.”
“Jantar a essa hora?” Diego lançou um olhar preguiçoso para ela, soltando um riso breve. “Você só pensa em comida?”
Isabela fez uma careta, não era só comida.
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Capitulo 26
Não sabia como expressar sua gratidão.
“O que mais eu poderia fazer?”
Diego levantou o queixo, “Entre no carro.”
Vendo Isabela parada na porta, sem se mover, Diego piscou com um toque de provocação nos olhos, “Está com medo de que eu vá devorá–la?”
Os olhos escuros de Diego analisaram a mulher de cima a baixo.
Isabela usava um vestido preto justo naquela noite, destacando suas curvas, pele clara e cabelos ondulados caindo pelas costas, emanando um charme sedutor como uma fada negra. “Hum, não seria a primeira vez, e foi… bem agradável.”
A lembrança dos momentos intensos com aquele homem fez o rosto de Isabela esquentar instantaneamente, levando–a a tocar as orelhas nervosamente.
“Eu… está tarde, acho melhor não sair.”
Por alguma razão, ela sempre ficava inexplicavelmente nervosa diante de Diego.
Talvez fosse a aura de autoridade e nobreza dele que era tão avassaladora.
Diego cruzou os braços, olhando para ela com superioridade, seu olhar se intensificou e os lábios se curvaram.
“Isabela. Se quer a pulseira, entre no carro. Não vou repetir.”
Isabela mordeu os lábios, não tinha escolha a não ser seguir e sentar–se no banco do
passageiro.
Na calada da noite, o Ferrari preto parecia uma fera elegante e impetuosa, cortando a
escuridão.
As luzes de neon lá fora formavam linhas brilhantes e coloridas na janela, enquanto o som do vento e do motor ficavam abafados.
Diego dirigia rápido, alcançando quase 160 km/h, mas com estabilidade.
Ele segurava o volante com firmeza, os olhos focados à frente com um olhar frio.
Parecia que tudo estava sob seu controle, navegando com destreza.
A paisagem veloz ao lado do carro se tornava o pano de fundo para o homem.
Era a primeira vez que Isabela viajava a uma velocidade tão alta, quase voando.
Ela segurava o cinto de segurança com força, com as palmas das mãos suadas.
Não resistiu e falou, “Diego, eu… não estou com pressa, podemos ir mais devagar.”
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