Capítulo 27
Diego ouviu um som e, ao virar o rosto, viu o rosto pálido da mulher. Ele segurava o volante com força, pressionando o corpo contra a porta do carro.
Ele era um dos melhores pilotos do mundo, e aquele carro, uma Ferrari, havia sido especialmente modificado para ele. A velocidade e a estabilidade do carro não eram problema algum.
Henrique sempre temia andar com ele, e uma vez chegou a vomitar assim que desceu do
carro.
“Não sabe o que é aproveitar“, pensou Diego.
“Relaxa, minha habilidade ao volante não vai te decepcionar“, garantiu ele.
Ainda assim, Diego diminuiu um pouco a velocidade.
Isabela começava a se acostumar gradualmente.
Ela não tinha ideia de para onde Diego estava a levando.
Apenas via o carro acelerar por uma ponte elevada e deserta.
Diego deu uma batidinha no volante com os dedos.
“Isabela, olha pela janela“, disse ele com uma voz preguiçosa.
Isabela ouviu e virou a cabeça para olhar.
Do lado de fora, a vista era do mar profundo e misterioso sob a ponte, iluminado pelas luzes amareladas dos postes e pelas estrelas cintilantes no céu. Era como um quadro majestoso e deslumbrante da noite estrelada.
Diego abriu o teto da Ferrari.
Os dois estavam ali, sentados, sentindo o vento no rosto enquanto o carro disparava.
O vento rugia em seus ouvidos, cortando suas faces com intensidade.
Diego esboçou um sorriso travesso: “Isabela, aproveite bem!”
Assim que ele falou isso, acelerou novamente para 180 km/h.
Isabela não ouvia mais nada além do vento forte e cortante. Seus olhos estavam fixos na visão
infinita e deslumbrante.
Eles pareciam estar explorando as fronteiras da cidade.
Era uma loucura, uma adrenalina.
O coração de Isabela batia acelerado.
Ela começou a se soltar, sentindo–se mais livre, e seu sorriso cresceu com o vento, perdida
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Capitulo 27
naquela louca e intensa experiência.
Os cabelos de Isabela, bagunçados pelo vento, balançaram na frente de Diego.
Ele estendeu a mão para afastar os cabelos encaracolados do rosto dela, mas acabou tocando
suas madeixas macias.
Ao ver Isabela totalmente embalada pela emoção da velocidade, Diego sentiu uma satisfação interna. Seus dedos entrelaçaram–se suavemente nos cabelos dela, levando–os ao nariz para
sentir o aroma.
A Ferrari percorreu curvas sinuosas até parar no topo de uma colina na cidade.
Isabela desceu do carro com as pernas trêmulas, mas estava completamente eufórica.
Vendo–a assim, Diego a pegou nos braços e a levou até um mirante.
Isabela, um pouco envergonhada, murmurou: “Pode me colocar no chão agora.”
Diego a colocou gentilmente no chão, seus dedos deslizando pelo braço nu e pálido de Isabela, como uma corrente de calor que a aquecia.
Com uma das mãos no bolso, Diego ficou ao lado dela.
Eles estavam de pé, apoiados na grade, olhando a cidade deslumbrante lá embaixo.
As luzes das casas brilhavam como estrelas, embelezando a vasta paisagem urbana.
Era uma visão magnífica, e mesmo com toda a grandiosidade da cidade, naquele momento, parecia pequena.
Isabela apoiou as mãos na grade, olhando para longe, enquanto seu coração acelerado começava a se acalmar.
Foi a primeira vez que ela sentiu a verdadeiro impacto de uma corrida tão emocionante.
Depois de descer do carro, parecia que algo dentro dela também havia se libertado.
Diego pegou uma garrafa de água mineral do carro, abriu e a entregou para ela.
Com os olhos brilhando sob a luz das estrelas, Isabela olhou para ele e, ousada, perguntou: “Tem alguma bebida?”
Na verdade, ela só estava perguntando por curiosidade, mas naquele momento, ela realmente quería beber.
Queria que a sensação de euforia durasse mais.
Diego, percebendo a ousadia dela, riu suavemente, “Por acaso parece que tenho um bar aqui?”
Não tendo a bebida, ela ficou um pouco desapontada.
Quando ela estava prestes a pegar a água, Diego voltou ao carro e tirou uma lata de cerveja, abriu e entregou a ela.
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Os olhos de Isabela se encheram de alegria.
“Obrigada.”
Ela pegou a cerveja, inclinou a cabeça para trás e deu um grande gole. A cerveja estimulava suas papilas gustativas, atingindo cada nervo do corpo.
Diego ergueu uma sobrancelha e perguntou: “Está se sentindo bem?”